sábado, 13 de abril de 2013

Serra diz que acha 'melhor' mais de uma candidatura de oposição a Dilma


Serra diz que acha 'melhor' mais de uma candidatura de oposição a Dilma

Tucano foi derrotado duas vezes na disputa pela Presidência da República.

Ex-governador de São Paulo, ao centro, discursou em
evento do PPS um dia após o senador Aécio Neves
(PSDB) falar. (Foto: G1)
O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) afirmou nesta sexta-feira (12) que considera "melhor" que mais de um candidato de oposição dispute a Presidência contra Dilma Rousseff em 2014. A declaração foi feita em discurso na conferência nacional do PPS, na Câmara dos Deputados.

"A nossa responsabilidade [da oposição] é muito grande. A responsabilidade de estarmos juntos aqui, porque juntos precisamos encontrar uma alternativa. Não sei se unindo tudo em torno de uma candidatura ou se tendo várias candidaturas. Tendo até a achar que a segunda hipótese é a mais plausível, é a melhor", enfatizou Serra em meio ao seu discurso.

Atualmente, o único postulante ao Planalto de clara oposição a Dilma é o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que tenta unir o partido em torno de seu nome. O principal obstáculo é justamente agregar o apoio de parte do PSDB de São Paulo simpatizante de Serra, derrotado duas vezes em disputas presidenciais passadas.

Além de Aécio, cogitam concorrer o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), aliado histórico do PT e cujo partido apoia o governo Dilma; e Marina Silva, que para se candidatar, ainda precisa obter apoio suficiente para registrar sua nova legenda, Rede, na Justiça Eleitoral.

Serra apareceu nesta sexta no encontro do PPS um dia após Aécio discursar no evento. Ambos não se encontraram. Nesta quinta, o senador buscou valorizar a parceria com o partido, posou para fotos e confirmou sua candidatura à presidência do PSDB.

ta chegando a hora


O senador Aécio Neves (PSDB-MG) confirmou, nesta quinta-feira (11), que disputará a eleição para a presidência nacional do PSDB, marcada para maio.
“Meu nome será colocado no próximo dia 19 de maio como candidato à presidência do PSDB. Não para ocupar o cargo, mas para fortalecer nosso diálogo com as forças oposicionistas”, disse.
Em palestra na Conferência Política Nacional do PPS – “A Esquerda Democrática pensa o Brasil”, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, o tucano demonstrou otimismo em relação à disputa presidenciável de 2014.
“Vamos disputar e vamos vencer essas eleições, porque o Brasil merece um governo muito melhor do que esse que está aí”, reiterou.
O senador mineiro também exaltou a parceria entre PSDB e PPS: “o que nos une hoje é que nós somos oposição. Não pactuamos com esse aparelhamento absurdo da máquina pública, com essa ineficiência, com a visão distorcida de mundo que o PT tem hoje.”
Ele enfatizou que o PSDB passa a viver um novo tempo, em que é preciso manter a unidade, respeitando os valores da liberdade e da democracia, para construir um sólido caminho para o país.
Acompanhado do presidente nacional do partido, deputado Sérgio Guerra (PPE), do presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP) e da bancada tucana da Câmara em peso, Aécio prestou uma homenagem especial ao dirigente tucano, que deixa a presidência do partido, em maio.
“Eu devo, de público, dar uma palavra de agradecimento ao companheiro Sérgio Guerra pela sua dedicação, seu compromisso com o debate e a democracia interna”, destacou.
Parceria – No discurso, com a presença de lideranças da oposição de da base governista, o senador mineiro comentou que o que existe em comum entre os partidos é a convicção de que o Brasil precisa de profundas transformações.
Criticou ainda o que considera hipertrofia do Estado frente a problemas como a falta de ética e de ações estruturantes, além da mera “administração da pobreza”.
“O Estado não é só um instrumento de propaganda eleitoral”, comparou.
Democracia – “Nós queremos que a democracia seja respeitada, que o Congresso Nacional não seja um instrumento do Executivo para apenas homologar as suas vontades. Não queremos um poder judiciário tutelado”, completou.
E concluiu: “ao valorizar a democracia, estamos falando em fortalecer as instituições. Nós queremos no Brasil, e o PPS defende isso: uma liberdade de imprensa que não fique a todo o tempo sob risco, pelas ações e movimentações daqueles que hoje comandam o país.”