segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ONDA DE ESCANDALOS

Líder solicita audiência para discutir medidas de combate à corrupção
O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), e o deputado Vanderlei Macris (SP) pedem a realização de audiência para discutir as providências adotadas para combater as denúncias de má administração de recursos públicos. Os tucanos querem encontrar uma solução para reduzir a corrupção que tomou conta de diversos órgãos do governo federal, como os ministérios dos Transportes, Turismo, Agricultura e Cidades.
O requerimento, apresentado à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, convida o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e a diretora-geral da Polícia Federal, Ana Paula Mantovani Siqueira, entre outros.
“Nos últimos meses, chegaram ao conhecimento público, por meio da imprensa brasileira, inúmeras denúncias que dão conta de graves casos de corrupção e desvios de recursos públicos em vários órgãos públicos do governo federal”, afirmam os deputados. Alvejado por série de escândalos, o governo tem atuado só para controlar a crise que paralisou a gestão.
Os tucanos ressaltam as suspeitas envolvendo o Turismo, que possuía pouco recurso quando foi criado, em 2003, pelo ex-presidente Lula. Nasceu com orçamento de R$ 377,7 milhões, acanhado para os padrões da Esplanada, mas cresceu em tamanho e prestígio na era Lula. Chegou a 2010 com uma verba de cerca de R$ 7 bilhões para administrar.
O ministério ganhou destaque com a realização no Brasil da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas em 2016. Na discussão do Orçamento da União para 2011, foi revelado que verbas de convênios firmados pela pasta para patrocinar festas e eventos eram desviadas.
Em outro episódio, o então secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, que tem o cargo mais importante da pasta depois do ministro, foi preso pela Operação Voucher da Polícia Federal. A ação levou à cadeia outras 35 pessoas. Em nota, a PF afirmou que foram detectados indícios de desvio de dinheiro público em um convênio que previa a qualificação de profissionais de turismo no Amapá.
“Os fatos dão conta de graves denúncias e prejuízos ao erário. E deixam antever sérios indícios de que os desvios e malversação de recursos públicos alastram-se no Executivo, tomando conta de diversos setores e ministérios”, justificam.

Um comentário: